sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sentimentos

Olá a todos. Para abrir este local de expressao, gostava de vos falar de um acontecimento que mudou a minha vida em vários sentidos. Um acontecimento que me fez crescer, rir, chorar, pensar, entre tantos outras acções e sentimentos que qualquer pessoa pode ter.
Esse acontecimento foi a minha partida para terras Holandesas.
Não, como alguns poderão pensar, não vim para aqui para a aventura das drogas e das ruas vermelhas. Não vim de férias, nem muito menos de animo leve.
Estou nesta terra há mais de um ano e uma coisa vos digo, caros amigos. Não é fácil. E passo a explicar.
Primeiro ponto: já dizia na primeira música que aprendi a tocar.. é díficil estar tão longe de quem nos viu nascer. Largar uma mãe é complicado para todos nós, particularmente quando vais para 2000 e tantos quilómetros de distância. Não podes visitar a tua mãe, a tua família.. quando queres e bem te apetece. Não há-de doer menos a uma mãe cujo filho sai de casa para organizar a sua vida noutro lado, mas é diferente quando se vai visitar os pais todos os fins de semana, ou mesmo uma vez por mês.
Segundo ponto: emigração para enriquecer? Isso já não existe há muito tempo. Largas tudo na busca de uma vida melhor e só encontras dificuldades. Dificuldades que, se não tens sorte, crescem de dia para dia.
Há quem diga que a sorte também se procura.. e que se as coisas não correm melhor, simplesmente não estás a tentar o suficiente. Deixem que vos diga, não podiam estar mais errados. Quando corre mal..
E para não vos tomar mais tempo.. e até porque depois não tenho o que escrever... o momento que mais dói. O momento em que por circunstâncias maiores, prioritárias, a tua família tem que voltar e tu ficas cá. É o pior momento, não há nada que descreva o momento em que ficas completamente sozinho, e és arrancado da única coisa que te fez largar tudo. É díficil amigos.. muito díficil.
Por fim, uma mensagem: Ana, tiveste que ir, eu compreendo porquê meu amor. Não há amor igual ao amor de uma mãe, nem medo igual ao de a perder sem dizer adeus. Quero que saibas que te amo com toda a força do meu ser, e estar longe de ti, dos nossos filhos, simplesmente me dói na alma.
Por fim, aproveito para agradecer a todos os que me têm apoiado nesta aventura, por mais espinhosa que ela tem sido.
E aos que se esqueceram, tenho quatro palavras:
Não preciso de vocês.

3 comentários:

Johnny disse...

Não dá, de forma alguma para imaginar tudo o que escreves. Esses sentimentos são difíceis pra ti, em qualque hora do teu dia. Não é fácil para quem fica deste lado, saber-te tão longe, e sem te poder dar aquele abraço só porque sim.

Apesar de tudo, e por muito pouco que ajude, sabes que tens deste lado algumas pessoas que te apoiam, ajudam e te dão força. E com elas sabes que podes contar!

Um grande abraço meu amigo, carregado de saudade, do tamanho da porcaria da distancia que nos separa.

João

Mustek disse...

Não há muito mais para dizer. Um gajo pode não estar bem e queixar-se de tudo, mas nunca tem consciencia do quanto pior é possível se estar. Embora não seja de todo consolo algum, serve para dar animo e força para continuar, pois duvido que eu esteja perto sequer de imaginar como te sentes neste momento.
Como o johnny disse, sabes quem tens cá deste lado, apesar de fisicamente não podermos estar aí para te dar aquele abraço quando mais precisas. Cá te esperamos, tal como ao momento em que finalmente to possamos dar.

Grade Abraço
Fred

ana disse...

Meu amor! Entendo o que sentes. Apesar de ter os nossos meninos comigo, tenho um grande vazio na minha alma, pela tua ausencia. Doi-m o peito cada vez que te sinto sofrer... Espero que tudo se resolva e que venhas para os meus braços, que esse sim é o teu lugar. Não é a uma porra de Kilometros... Amo-t (como diz o Johnny) como da distância que nos separa. Beijo!